O vendedor de passados (José Eduardo Agualusa)
1) Trecho da música “Acalanto para um rio”
Nada passa, nada expira
O passado é
Um rio que dorme
E a memória uma mentira
Multiforme
2) Sobre a Velha Esperança:
“Na minha opinião, é a coluna que sustenta essa casa” → ANGOLA
Félix ventura:
“Está cheio de vozes o meu barco.”
“Um barco (cheio de vozes) subindo o rio.”
3) Crítica à nova burguesia angolana:
“Falta a essas pessoas um bom passado, ancestrais ilustres, pergaminhos. Resumindo: um nome que ressoe a nobreza e a cultura.”
4) José Buchmann (Pedro Gouveia)
“Dói-me na alma um excesso de passado e de vazio.”
5) Osga
“Os meus sonhos são quase sempre mais verossímeis que a realidade.”
“Félix fala de sua infância como se realmente a tivesse vivido.”
6) Sobre o ofício de Felix Ventura
“Acho que aquilo que faço é uma forma avançada de literatura. (...) Também eu crio enredos, invento personagens, mas em vez de os deixar presos dentro de um livro dou-lhes vida, atiro-os pra realidade.”
“Crio enredos por ofício. Enfabulo tanto, ao longo do dia, e com tal entusiasmo, que por vezes chego à noite perdido no labirinto de minhas próprias fantasias.”
7) Memória
“A nossa memória alimenta-se, em larga medida, daquilo que os outros recordam de nós. Tendemos a recordar como sendo nossas as recordações alheias — inclusive as fictícias.”
“A memória é uma paisagem contemplada de um comboio em movimento.”
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